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Os 4 Ps Fundamentais para Criando Filhos à Luz das Escrituras que Transformarão Sua Família

Se você está buscando sabedoria prática sobre criando filhos à luz das Escrituras, você não está sozinho nesta jornada desafiadora. Uma das maiores diferenças que o Evangelho de Cristo faz em nossa vida é que ele transforma nossa prática diária, especialmente na forma como educamos nossos filhos.

Não vivemos de teorias bíblicas – vivemos da revelação de diretrizes práticas que influenciam diretamente nossa maneira de criar os filhos. E hoje você descobrirá os 4 Ps fundamentais da disciplina bíblica que revolucionarão completamente sua abordagem na educação cristã de seus filhos.

Estes princípios não são apenas conceitos teológicos, mas ferramentas práticas que você pode aplicar imediatamente em situações reais com seus filhos. Prepare-se para uma transformação completa na dinâmica familiar.

Por Que os 4 Ps São Essenciais Para Criando Filhos Biblicamente

A educação infantil moderna enfrenta uma crise sem precedentes. Segundo pesquisas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 68% dos pais brasileiros sentem-se despreparados para educar seus filhos de forma consistente e eficaz.

Mas a Palavra de Deus oferece um caminho claro e comprovado através dos séculos. Os 4 Ps da disciplina bíblica – Presença, Paciência, Persistência e Participação – formam uma estrutura sólida para criando filhos à luz das Escrituras de forma transformadora.

Estes princípios são especialmente importantes porque vivemos em uma época onde pais terceirizam funções essenciais, onde encontramos mulheres que querem ter filhos mas não querem ser mães, e homens que geram filhos mas não assumem o papel paternal.

Gerar e parir um filho é completamente diferente de ser pai ou mãe. Ser pai significa conhecer profundamente seu filho. Ser mãe significa estar presente de forma intencional.

1. Presença: O Primeiro P Para Criando Filhos com Propósito

“Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.” (Deuteronômio 6:7)

O primeiro P fundamental para criando filhos à luz das Escrituras é a presença. Para que haja disciplina eficaz – que não é espancamento nem explosões de raiva – é imprescindível que haja presença genuína.

No nosso tempo, pais têm terceirizado essas funções essenciais. Somos especialistas em trocar presentes por presença, satisfazendo desejos físicos e materiais dos filhos porque não podemos estar suficientemente presentes.

A Urgência da Presença: Quando falamos de presença, falamos daquilo que não pode ser substituído: um dia que não volta, uma manhã que não espera. As necessidades que você tem hoje – prosperar, conseguir casa própria, carro melhor – continuarão as mesmas amanhã. Mas filhos em casa é temporário.

A infância passa rápido demais para terceirizarmos nossa presença. Eles voam, vão embora, e depois não há tempo para recuperar o prejuízo.

Presença Previne Injustiças: Quando não estamos presentes, caímos na vala da injustiça. Você trabalha demais, chega cansado, tem pouca paciência. Aí o filho, ao querer sua atenção, ao invés de recebê-la, recebe disciplina desproporcional – uma forma de vingança disfarçada.

Você disciplina onde não precisava, usa a vara quando bastava uma conversa, porque está sobrecarregado e não conhece realmente as demandas que seu filho enfrenta.

Aplicação Prática: Prefira seus filhos. Abra mão de outras conquistas temporárias. Compreenda que a infância é única e não volta.

2. Paciência: A Virtude Essencial Para Criando Filhos Saudáveis

“Esperei com paciência pelo Senhor, e ele ouviu o meu clamor.” (Salmo 40:1)

O segundo P para criando filhos à luz das Escrituras é paciência. Muitas pessoas planejam ter filhos apenas depois de conquistar casa própria, carros, empregos estáveis. Você pode ter filhos sem a maioria dessas coisas, mas sem paciência é impossível criar filhos biblicamente.

Paciência na Construção do Aprendizado: Crianças aprendem através da repetição. É por isso que perguntam hoje, amanhã, depois e mais uma vez, até construírem conceitos sólidos. Este processo exige paciência diária.

O Exemplo da Morte: Quando uma criança enfrenta o conceito de morte pela primeira vez, ela fará perguntas repetitivas por dias: “Morrer dói? Quem morreu vai para onde? Como encontrar quem morreu?” Cada pergunta é uma tentativa de formar seu conceito infantil sobre realidades complexas.

Paciência com Adolescentes: A adolescência exige ainda mais paciência. Diferentemente da infância, onde a família é o principal esteio emocional, adolescentes formam conceitos através de grupos externos. Sem pontes construídas na infância através de presença e paciência, você cavará abismos no coração adolescente.

O adolescente vive como a lagosta que perde sua carapaça – sem a proteção da infância, mas ainda sem o preparo da vida adulta. Hormônios, crescimento físico desproporcional, maturidade biológica combinada com imaturidade emocional.

Aplicação Prática: Se você não tem paciência natural, busque no Senhor. A paciência pode ser encontrada nEle para recomeçar, voltar de novo, permitir que seu filho aprenda através da repetição.

3. Persistência: A Chave Para Criando Filhos Vencedores

“A aprovação da nossa fé produz paciência, e a paciência, perseverança, e a perseverança, esperança.” (Romanos 5:3-4)

O terceiro P essencial para criando filhos à luz das Escrituras é persistência. A persistência diferencia pessoas de sucesso de pessoas medíocres. Todos enfrentamos desafios para chegar ao objetivo, mas alguns desistem no meio do processo.

O Perigo da Desistência: Não é incomum ouvirmos pais dizendo: “Desse filho eu já desisti. O outro eu consigo, tenho resultados, mas esse, desisti.” Imagine se Deus desistisse de nós.

A Persistência Gera Esperança: A Palavra ensina que aprovação produz paciência, paciência produz perseverança, e perseverança produz esperança. A fonte da esperança na educação dos filhos vem através deste processo bíblico.

A História do Barquinho: Um menino fez um barquinho de papel e brincava com ele diariamente. Um dia, o rio levou seu barquinho. Dias depois, ele o encontrou numa loja e pediu ao pai para comprá-lo. Quando recuperou o barquinho, disse com lágrimas: “Papai, agora este barquinho é meu duas vezes. Primeiro porque eu o fiz, e agora porque eu o comprei.”

Seus filhos são do Senhor duas vezes: primeiro porque Ele os fez, segundo porque os comprou por preço de sangue. Por isso a persistência é virtude necessária – não podemos desistir de algo que custou tão caro ao nosso Deus.

Aplicação Prática: Fazer de novo, ensinar novamente, orar mais um pouco. Compreender que educação visa a preciosidade de filhos comprados por preço alto.

4. Participação: O P Final Para Criando Filhos Conectados

“E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.” (Efésios 6:4)

O quarto P que completa o processo de criando filhos à luz das Escrituras é participação. Você participa efetivamente da vida dos seus filhos? Conhece os nomes dos professores? Incentiva tarefas específicas? Sabe o que é realmente importante para cada um?

Participação Individualizada: Se você tem mais de um filho, para cada filho é exigido um tipo de pai, um tipo de mãe. Aquilo que funciona com um talvez não funcione com outro. Um gosta de cinema, outro de aula de violão, outro de torcer para o mesmo time.

Participação Gera Vínculo: A intimidade é gerada na participação. A confiança é gerada na participação. A confidência é gerada na participação. Sem participação, é impossível construir confiança.

Principalmente na adolescência, filhos não nos acharão como confidentes se não tivermos participado em suas vidas. Eles preferem confiar em quem participa – amigo da escola, grupos externos.

O Drama dos Consultórios: Durante sete anos trabalhando exclusivamente com crianças e adolescentes, o consultório ficava lotado de pais pagando caro para que seus filhos fossem ouvidos. Crianças diziam: “Posso te contar? Você não vai contar para meu pai? Minha mãe não sabe disso.”

Crianças formavam vínculos com profissionais passageiros, mas não conseguiam encontrar isso no próprio lar.

Aplicação Prática: Desligar o celular e dizer: “Você é mais importante que isso. Você é mais importante que redes sociais, futebol com amigos, dinheiro que preciso ganhar.” A participação gera o vínculo essencial.

A Hierarquia Correta Para Criando Filhos Equilibrados

A relação com filhos perde em importância apenas para duas: sua relação com Deus e com seu cônjuge. Cônjuges devem vir antes dos filhos para evitar filholatria.

Evitando a Síndrome do Ninho Vazio: Quando o relacionamento pai-filho ou mãe-filho está acima do relacionamento entre cônjuges, criamos filholatria. A síndrome do ninho vazio acomete casais que priorizaram filhos sobre o casamento.

A Ilustração das Mãos Dadas: Imagine um casal de mãos dadas. Quando filhos chegam, alguns casais os colocam no meio, afastando-se gradualmente. Com vários filhos, torna-se impossível o casal manter-se unido.

A abordagem prudente: casal permanece de mãos dadas, filhos seguram uma mão de cada pai, mas os pais continuam unidos. Cada novo filho entra no círculo, mas o elo fundamental permanece entre os cônjuges.

Implementando os 4 Ps na Prática Diária

Para aplicar efetivamente estes princípios de criando filhos à luz das Escrituras, considere estas estratégias práticas:

Presença Intencional:

  • Reserve tempo exclusivo com cada filho diariamente
  • Participe de momentos cotidianos (refeições, deslocamentos, hora de dormir)
  • Esteja totalmente presente – sem distrações eletrônicas

Paciência Cultivada:

  • Respire fundo antes de reagir a comportamentos desafiadores
  • Lembre-se que repetição é método divino de ensino
  • Busque em Deus a paciência que sua natureza humana não possui

Persistência Proposital:

  • Não desista de filhos “difíceis”
  • Veja cada desafio como oportunidade de crescimento
  • Mantenha perspectiva eterna sobre o valor de cada filho

Participação Genuine:

  • Conheça os detalhes da vida de cada filho
  • Invista em atividades que eles valorizam
  • Construa memórias através de experiências compartilhadas

Os Resultados de Criar Filhos Segundo os 4 Ps

Quando aplicamos consistentemente estes princípios bíblicos, os resultados transcendem nossa imaginação:

Relacionamentos Sólidos: Filhos crescem confiando nos pais como primeira fonte de sabedoria e conselho.

Caráter Formado: Valores bíblicos são transmitidos naturalmente através do relacionamento, não apenas através de regras.

Comunicação Aberta: Adolescentes mantêm diálogo franco com pais porque vínculos foram estabelecidos na infância.

Legado Geracional: Filhos reproduzem estes princípios em suas próprias famílias, multiplicando o impacto.

Segundo estudos da Universidade de São Paulo (USP), famílias que aplicam princípios de presença, paciência e participação apresentam índices 73% menores de problemas comportamentais em crianças e adolescentes.

Superando Desafios Comuns na Educação Cristã

“Não tenho tempo suficiente:” Presença não é quantidade, é qualidade. Dez minutos de atenção total valem mais que horas de presença distraída.

“Perco a paciência facilmente:” Paciência é fruto do Espírito (Gálatas 5:22). Busque em Deus o que sua natureza não possui.

“Meu filho não responde:” Persistência bíblica não é teimosia humana. Continue plantando sementes com fé nos resultados eternos.

“Não sei como participar:” Comece pequeno: pergunte sobre o dia, interesse-se por seus gostos, esteja presente em eventos importantes.

A Dimensão Espiritual dos 4 Ps

Criando filhos à luz das Escrituras não é apenas metodologia educacional – é ministério sagrado. Cada momento de presença, paciência, persistência e participação é investimento no Reino de Deus através de vidas preciosas que Ele nos confiou.

Os 4 Ps refletem o próprio caráter de Deus conosco:

  • Presença: “Não te deixarei nem te desampararei” (Hebreus 13:5)
  • Paciência: “Longânimo é o Senhor e grande em misericórdia” (Números 14:18)
  • Persistência: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos” (Lamentações 3:22)
  • Participação: “Em todas as suas angústias ele foi angustiado” (Isaías 63:9)

Quando aplicamos estes princípios, estamos refletindo o coração paternal de Deus para nossos filhos. Estamos sendo instrumentos de Sua graça transformadora na formação de caracteres eternos.

A educação cristã de filhos é uma das responsabilidades mais sagradas que recebemos. Não é tarefa para ser terceirizada ou negligenciada, mas privilégio para ser abraçado com toda dedicação e dependência de Deus.

Que nossa aplicação fiel dos 4 Ps – Presença, Paciência, Persistência e Participação – produza uma geração que conhece, ama e serve ao Senhor de todo coração. Que nossos filhos sejam “flechas na mão do valente” (Salmo 127:4), preparadas para impactar este mundo para a glória dAquele que nos capacita para toda boa obra.

E que ao final desta jornada de criando filhos à luz das Escrituras, possamos dizer como o apóstolo João: “Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade” (3 João 1:4). Toda honra e glória seja dada ao Senhor, que nos chama de filhos e nos ensina como formar filhos segundo Seu coração perfeito e amoroso.

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